Perdida no perigo
Perdida em mim
Perdida também talvez
Por ser assim.
Desafiei o limite,
Fiz o impossível,
Experimentei mentir-te,
Um acto incorrigível.
Andei pelas ruas
Entregue a mim
Perdida no perigo
No perigo de ser assim.
Perdi o que mais queria
Perdi o que amava
Perdi a dignidade
Mas isso já chegava.
Perdi-te,
Traí Deus,
Mas eu escolhi o destino,
Dos incorrigíveis erros meus.
Fiz mal a muita gente,
Magoei quem de mim gostava,
Matei e falsifiquei
Destruí quem mais amava...
Tenho cara de má, sempre o soube,
Mas escolhi o meu caminho,
Abandonei-os todos, menti-lhes,
E a ti deixei-te sozinho.
Tive pólvora nos olhos,
Armas na mão,
Traí tudo e todos,
Fiz tremer o chão.
Atraí as complicações,
Deitei tudo a perder,
Ri sempre por último,
Não dei hipótese de escolher.
Revoltei-me contra a vida,
Chorei e gritei,
Decidi percorrer o caminho da vingança,
E no fundo sempre me vinguei.
Mas,agora… que faço eu?
Estou perdida, perdida em mim,
Perdida talvez também
No perigo de ser assim.
2 comentários:
"Tenho cara de má, sempre o soube" ahahahaha, nããaaaao :p
"Estou perdida, perdida em mim" e não estamos todos? :)
É verdade... dizem que tenho cara de má. E não me importo. Mas isso era em sentido figurado... eu não fiz essas coisas!
E é verdade, estamos mais perdidos em nós do que no que nos rodeia...
Bjs
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