Não apenas hoje. Não apenas ontem. Na verdade, sempre foi assim. Sempre. Nós é que não pensamos. Nós não nos lembramos, e não fazemos esforço para que isso aconteça. Por vezes, há uma alma que se lembra, e essa alma faz um filme, vídeo ou documentário para honrar algo que nunca é honrado, e que não há nada que possa na verdade, honrá-lo. E, depois, observa o resultado do seu trabalho, pensando no que fez e não no assunto que tratou no que fez. E fica sem efeito, porque essa alma lembrou-se do assunto apenas num momento e não para sempre, como devia acontecer.
Nunca nos lembramos onde estamos. Nunca honramos a nossa casa. A verdade, é que ela nos serve de dia para dia sem cessar, e nós apenas sabemos "consumir e deitar fora".
Terra. Antes de mais, obrigada. Obrigada por apenas me dares o Sol, obrigada por apenas seres uma bola e não permitires que os humanos caiam. Obrigada por dares calor, frio, vento, neve. Obrigada por seres apenas como és. E há sempre pessoas que não se lembram.
Ninguém entende o sentido da vida. Ninguém. Ninguém é capaz de de responder à pergunta: "Porque é que vivemos?", "Porquê o Universo?", "Na verdade, o que somos?", "Para onde vamos quando morrermos?", "Afinal, ser humano tem algum sentido perante um Universo tão grande e um sentido tão vago?"!
Mas para que é que vivemos? Se pensarmos: afinal estamos na Terra a fazer o quê, a viver para quê, para quê tudo o que temos, a que se teve tudo o que temos, morremos e restam apenas memórias e objectos que não servem para nada, magoamos pessoas, que nos dão as coisas, que depois desaparecem!
Não consigo escrever sobre estas questões. Penso muito mais que isto, mas por mais que escreva nunca fica escrito aquilo que penso, e quero dizer.
Terra, obrigado... e desculpa. O Universo, é a maior beleza que existe, para quê ninguém sabe, mas é a verdade. Olhamos para as estrelas, vemos a grandiosidade. Olhamos para o Céu, vemos o poder. O poder de controlar o que somos, e o que acontece.
Vemos os desastres como atentandos aos humanos, vindos da Terra. Vemos a Terra como vingativa, preversa e perigosa, vivemos com medo. Medo do Fim do Mundo, medo dos Meteoritos, medo dos Vulcões, medo de uma simples trovoada. Mas na verdade a Terra é só a passagem por onde o nosso próprio mal passa. Fazemos o mal e a Terra encarrega-se do nos transmitir, mas o mal que nós próprios fizemos. Nada mais do que isso.
Mas na verdade vivemos protegidos como nunca. Temos a Lua, temos a Camada de Ozono, temos os outros planetas e temos uma enorme sorte. Mas, ao mesmo tempo, tudo parece ameaçar-nos: o Sol (em expandir as suas camadas), os meteoritos...
Na verdade, devemos aproveitar tudo o que a Terra nos dá. E devemos sobretudo aproveitar a vida. Se ela é um prémio ou um teste ninguém sabe, mas é algo. E se nada chega, algo chega ainda mais.
Devemos questioar-mos sobre o que somos, porque é que somos, e até quando seremos. Devemos cair frequentemente no buraco, devemos afundar-nos no sentido da vida, devemos parar e pensar, chorar se for preciso. Até porque isso já me aconteceu. Já chorei por não saber o que sou, já chorei ao pensar na vida, já chorei quando toquei no ponto mais fundo do pensamento, quando cheguei aonde poucos chegam, até ao ponto de ter uma vontade repentida de morrer. Mas depois... "talvez seja uma dádiva, ou um teste, ou ser humana seja apenas uma parte da vida, porque se realmente pensamos como pensamos e temos toda esta capacidade, talvez a vida se baseie no espírito e o resto esteja para além do desaparecimento ao qual chamamos morte", e, como por magia, tudo desaparece e sinto uma vontade inexplicável de viver, de realizar os meus sonhos, e a minha felicidade aumenta à velocidade da Luz. E é por isso que tenho a certeza de que quem pensa pouco é infeliz.
E, depois de tudo isto, apenas me resta fôlego para agradecer à Terra. Uma simples palavra que diz tudo.
Terra: OBRIGADA.
9 comentários:
eu penso nestas coisas que escreveste e já tinha pensado em escrever sobre estas mesmas coisas, acreditas? :D
Não sei, mas é mesmo uma enorme coincidência que este planeta nos permita viver. Temos água, temperatura ideal consequente tambéo de uma distância ideal ao sol, temos o oxigênio, a gravidade que nos segura... Sabes, eu quando era pequena achava que ninguém vivia no pólo sul porque todos que tinham ido ate lá, tinham caído para o infinito ahahaha
Mas para piorar, para além de nem nos designarmos a agrader, ainda vamos estragando... Somos assim, achamo nos donos do mundo porque ele só nos vai dando pequenos avisos (certos sismos, vulcões, furacões etc), e se chegar a haver uma grande demostraçao da sua força pode ser ja tarde para arrependimentos. Somos um ponto no infinito
e a palavra obrigada já é pequena, mas quando dita por hábito ou porque fica sempre bem, ainda mais pequena se torna.
"Somos um ponto no infinito", é verdade, grande frase. Eu quando era mais pequena nunca cheguei a achar isso, chegeui foi a cair no tal vazio de que falo de chegar a chorar por me sentir inútil, confusa, não saber o que sou, porque sou, aonde estou. Agora, mais vleha,depois de começar a escrever, acredito que a vida é baseada no espírito e que tudo ronda à volta disso. Acredito que sabia tudo antes de nascer e que irei saber tudo depois de morrer. Acredito que terei à minha frente a resposta a todas as minhas questões. Não sei se a vida é um teste ou um prémio, mas procura viver da melhor forma para passar no teste e ser simplesmente feliz para aproveitar o prémio. Acredito que a morte é o segredo. As histórias de fantasmas, de comunicação com os espíritos, daquelas fases todas até chegar ao céu, daquele dito tempo em que estamos entre a Terra e o Fim, tudo isso não foi inventado por alguém que acordou inspirado. As histórias têm sempre um fundo de verdade. E a prova está no simples facto da nossa dimensão espiritual ser tão grande a nossa inteligência ser enorme. Essa é a única prova que pude alguma vez vir a precisar.
E é assm, acreditanto e esperando pacientemente as respostas (que também se encontram ao longo da vida) que vivo feliz, passo no teste e aproveito o prémio.
Mts bjs,
Inner
É verdade, mas a palavra obrigada/o é das maiores, a apenas se torna pequeno devido a seres pequenos que assim a tornam. Como eles.
Bjs :)
Pequena, foste tu que mandaste aquele grande comentário no meu post, em anónimo ? :)
Ya, fui eu... :)
Nunca me deixa comentar por conta google... mesmo sendo seguidora... a sério... no outro dia tentei e não dava! Consegues-me dizer porquê?
Mas sim, fui eu! E o que lá digo é verdade! Espero que te tenha ajudado, pelo menos, um nadinha de nada!
HE HE HE
Bjs,
Sofia
Não sei, o mesmo acontece-me !! Mas só em alguns, por ex., o teu consigo comentar bem, o da tua mãe também e muitos mais... mas há outros que não!!
Mas diz-me qq coisa na mesma em anónimo e assina :D assim já sei que é para ti. Queria ter a certeza para te dar uma resposta e tinha de saber a quem me estava a dirigir :p
bjs
já respondi lá :)
Ok, bjs!
:)
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