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aquilo que hoje me encanta
será sempre um encanto até na morte.
e a pele dos seus olhos é negra, formando uma lua sob o verde
desenhada sobre a sua pele nacarada
e dando ao seu rosto o encanto de uma história,
porque, não sendo imutável,
resta-lhe o encanto de ser evolução perpétua.
a sua mente escorre
pelas aberturas dos seus olhos
a poesia que escreve sem escrever
é real e está presente
sempre no meu ângulo de visão
e nos espaços ocos do meu corpo.
existe, como o ar
que paira sobre a madeira negra da mobília.
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