domingo, 13 de dezembro de 2015


E morreste-me assim, tu que me ensinaste tanto. Não podia ter pedido alguém melhor do que tu, verteste gasolina nos meus sonhos em chamas e agradeço-te tanto por isso. A forma tosca como escrevias letras mas que lembro que se as estivesse a ver. Encorajavas-me a desenhar. Tinhas a paciência da qual eu carecia para fazer puzzles enormes. Naquela parede branca, estão ainda hoje duas das tuas melhores obras. Debaixo da terra, apodreces. Mas aquilo que fizeste, a marca que deixaste, a tua paciência, toda aquela gasolina, eu guardarei.