
Às vezes é a chuva gelada que me lembra de ti, ou as penas dos pássaros quando se rasgam no asfalto. Às vezes é a letra do teu nome, ou simplesmente a simples ilusão de um abraço que eu posso adivinhar, mas de forma nenhuma sentir nos corpos alheios dos trausentes. E lembro-me de quando te impedi de cair, quando te segurei nos meus braços e sussurrei o teu nome. Lembro-me do olhar preocupado que disparei aos teus olhos negros, e do sorriso que tu, depois de um fitar docemente prolongado, levemente tiveste o dom de me dirigir. O sorriso que foi um delicado não te preocupes, estou bem. Lembro isso tudo e assim, sem mais nem menos, bombardeio a minha mente de perguntas. Porquê?, porquê de um dia para o outro fazeres de conta que simplesmente deixei de existir? Porquê essa distância? E fico a convencer-me a mim própria do que há muito já devia saber, ponho-me a evitar olhar para ti porque sei que os meus olhos são correntes. Então não olho. Não olho, nem falo. Isso não por estar à espera de qualquer tipo de resposta da tua parte, apenas por tentar esconder a resposta que guardo de mim mesma, à pergunta com que me sufoco. É completamente insane, insanes são as atitutes que tenho, insanes os sentimentos que sinto. Pelas pessoas, e por ti.
2 comentários:
não é insane.
com cr###### é sempre complicado, às vezes nem por elas, mas pelos outros. Dá tempo ao tempo, :)
sim, é verdade... ele está feliz sem mim. :)
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