domingo, 25 de novembro de 2012


"Eu sabia que era não inteiramente sã. Também sabia, uma percepção que eu tinha desde a infância, que havia algo de estranho em mim. Era como se meu destino fosse ser um assassino, um ladrão de banco, um santo, um estuprador, um monge, um ermitão. Precisava de um lugar isolado para me esconder. A vida das pessoas sãs, dos homens comuns, era uma estupidez pior do que a morte. Parecia não haver alternativa possível. A educação também parecia uma armadilha. A pouca educação que eu tinha me permitido havia me tornado ainda mais desconfiado. O que eram médicos, advogados, cientistas? Apenas homens que tinham permitido que sua liberdade de pensamento e a capacidade de agir como indivíduos lhes fosse retirada. (...) Mas apesar das cicatrizes que marcavam meu corpo e minha existência, ambos eram propriedades minhas."

2 comentários:

- inkheart disse...

ui ... que texto lindo ... de onde é? :)

e isso a que chamas de estranheza tua(não só mas também) faz de ti a pessoa "especial" que és ;)

common courtesy disse...

encontrei na net. imagina a minha reação. finalmente alguém que me compreendeu perfeitamente, e escreveu as palavras que nunca consegui expressar.

defina especial ;)