As paredes do castelo são barreiras negras moldadas de gritos abafados. A lua tece a sua sentença na noite cintilante e todos os espelhos parecem explodir em faíscas de vidro. As palavras dele ecoam na minha cabeça como explosões imarcescíveis e eu pergunto a mim mesma se realmente vale a pena correr para a janela e aprisionar as lágrimas bem fundo nos meus olhos. Mais uma vez. Porque na verdade, fiz-me a mim mesma prisioneira da raiva que eu não consegui controlar, deixei-me agarrar pelos braços fortes e leais do verdadeiro ódio, para depois acabar assim, sozinha num castelo frio, rodeado de guardas com armaduras gélidas e muitos espelhos onde posso admirar a minha face cravada de dor. Um castelo onde outrora também me aprisionaram, um lugar aonde não pertenço, um lugar cujas janelas me enterram num desejo insanável de voar para longe dali e encontrar o meu final feliz. E agora eu sinto as lágrimas escorregarem pelo meu rosto disfarçado, enquanto as minhas mãos permanecem imóveis na textura áspera do vestido escuro, e o meu olhar persegue o horizonte chamando para perto de mim todos aqueles que outrora me amaram e me mostraram o que restava de esperança no meu coração magoado. Depois gela-me as veias um desejo de vingança que me corrói em calafrios. Porque eu tenho de voltar ao que me pertence, para ser feliz, para fazer a única pessoa que amo no mundo feliz. Não são estas palavras que me vão deitar abaixo. O que me deita abaixo eu guardo bem guardado por trás da maldição que há anos lancei na esperança de voltar a sorrir.
<< I offered to your children everything, whatever they hearts desired, and they still chose uncertainty because of their blind faith in you. tell me why. why did your children refuse me? because we're a family, and a family always find one another.>>
Regina Mills
8 comentários:
Porquê o título? não percebi :o
está altamente , conseguiste falar como a regina, mesmo. Não poderias tê-la descrito de maneira melhor. ela deve se sentir assim tantas, mas tantas vezes! Arriscaria dizer que se sente assim sempre que se vê sozinha (não me apeteceu pôr acento ahah)!
"...fiz-me a mim mesma prisioneira da raiva que eu não consegui controlar,deixei-me agarrar pelos braços fortes e leais do verdadeiro ódio..." - o ódio e a raiva são coisas tão difíceis de controlar que poderá ela não ter conseguido ver outra forma de reagir ou poderá não ter conseguido fugir a esta forma tão mais fácil de seguir.
"...muitos espelhos onde posso admirar a minha face cravada de dor." - e não é tão pouca quanto isso :s
"... because we're a family, and a family always find one another.>>" - isto aparece bué vezes na série :o
estou como tu, quero que ela tenha o seu final feliz!
quinhentos anos depois, já percebi o título xD
é o número da porta da casa da regina :o
ela nunca escrevia desta maneira, mas eu escrevi da maneira como eu escrevo, mas tentei escrever o que ela pensa. nada em relação ao que ela mostra ao mundo, falo apenas do mundo que dá dentro dela ;)
não duvides, nem é só quando está sozinha. é em todo o lado. só não se sente assim quando está com o Henry, ou com a Emma, ou possuída por mais um plano qualquer :s
(que piada xD)
foram as duas coisas!
pois não, não é :s
pois aparece, e eu tenho as minhas dúvidas em relação à verdade nessa frase !!
exatamente!
boa daniela xD
e também é o número de caixas que ela tem, para guardar os corações. lembras-te quando ela tirou o coração ao Graham, em Fairytale land? Havia uma parede cheia de caixas onde ela guarda os corações. São 108.
*que há
sim, a frase é um bocado estranha!
yap, e só por causa das coisas: foguetes para mim xD
sim, eu lembro-me disso! São 108 corações? onde é que ela foi buscar tantos????? :o
é :s
ahahaha xD
não tem as caixas cheias! ahaha
ah, até estava a ver ahahah
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