Passam-se meses, são publicados neste blog dezenas de posts, comentários, milhares de palavras desatualizadas e que foram outrora tão verdadeiras. Tanta arte por aqui, tantas línguas, imagens, tributos a quem merece. A quem merece realmente. E, num dia como hoje, em que a inspiração não me toca, em que não tenho nada para partilhar com ninguém, resta-me olhar para o que está escrito e descobrir algo fantástico: nunca tentei o impossível. Nunca escrevi um post sobre mim, direto, verdadeiro. Nunca experimentei fazê-lo em nenhum lugar. Dizem que é impossível, pois nunca nos conhecemos totalmente. Então, testemos, testemos o que eu sei sobre mim da forma mais natural:
Chamo-me Sofia, mas quem me ama não o pronuncia. Sou loira, de olhos amarelos que ficam verdes e no olho direito há uma parte azul. Acredito em muitas coisas. Demasiadas coisas, talvez. Sonho, com a paz e com a felicidade. Acredito que vale a pena lutar pelo que queremos, que vale a pena tentar. Não acredito em melhores amigos. Não suporto "amo-tes". Encaro a maldade humana como algo normal. Relembro com uma nostalgia terrível tudo o que se relaciona com o meu passado, mas agarro o presente e valorizo-o acima de tudo. Tenho verdadeiros amigos. Adoro teatro. Faço-o porque é parte de mim e assusta-me profundamente o meu possível futuro. Respeito a arte, respeito tudo o que é pequeno. Escrevo, ouço música pesada. Sei andar a cavalo. Detesto gelados de morango. Detesto canetas de tinta preta, borrachas que não sejam brancas e folhas quadriculadas. Não gosto de camisolas de lã, de chuva e de lareiras. Não gosto de doces, adoro educação física. Sou fã de séries criminais. Adoro moda. Perdia dias à volta de maquilhagem original e roupa feminina. Sou fã da Joana Santos. Apoio-a porque ela me deu força quando eu mais precisava dela. Adoro a Daniela Ruah, ela deu-me uma das maiores alegrias da minha vida quando tudo o que eu queria era chorar. Sou fã de Jogos da Fome. E é na sucessão disso que sou agora a responsável por interpretar a Effie Trinket, uma das personagens mais especiais e com as quais tenho aprendido mais, fantasticamente mais, na vida. Respeito os animais. Defendo-os. Adoro iogurtes com pepitas, batatas fritas lay's light, lasanha de soja e sopa com arroz. Adoro a América, o Egipto e a França. Tenho sotaque americano, mas agora uso o sotaque do Capitólio (é a Effie, é a Effie). Detesto elevadores. Os autocarros são demasiado lentos. Sou a favor de ideias novas, apaixonada pela Grécia Antiga e pelo Império Romano. Adoro Língua Portuguesa e Inglês, passar tardes ao ar livre, fazer piqueniques. Não me apaixono facilmente. Estou-me sempre a rir e dizem que tenho um riso contagiante. Perdoo facilmente mas não esqueço. Queixo-me muito quando estou zangada. Leio muitas revistas. Adoro sapatilhas e tacões altos, embora não os possa usar. Vernizes de todas as cores. Adorava aprender a usar arco e flecha. Detesto cremes para a pele de chocolate. Escrevo com a direita. Detesto desenhar e depois pintar. Não suporto estar ao lado de fumadores, irrito-me com os serviços telefónicos frequentemente. Não tenho religião, nem sei bem porquê. Poupada. Não prendo o cabelo frequentemente. Gostava de viajar mais. Detesto rap e pop e pessoas que resmungam com tudo. Sou sensível e melindrosa. Gosto de dias de sol, de preto, das estrelas, adoro elefantes, árvores e andar de carro é a coisa mais relaxante que existe. Adoro brincos. Adoro água, coca-cola e pepsi. Gosto de usar carteiras. Não consigo almoçar num restaurante sem comer um entrada que consista em tostas com patê de atum ou sardinha. Adoro nadar. No mar. Em piscinas de hotéis ao anoitecer. Adoro passar férias, mas a escola é o que me faz feliz. Há mais para dizer sobre mim, não me lembro. Estou a escrever agora. E pronto, terminei. Deve ter saído uma obra de arte muito linda.
6 comentários:
Aquilo que comecei por dizer no meu texto adequa-se ao que começas também por dizer no teu :D é muito complicado falar de nós, acho. Diretamente. Porque, indiretamente, acabamos sempre por fazê-lo. Acabamos sempre por ser nós, até na folha que deixamos em branco por não sabermos o que escrever.
Muito obrigada! Gosto de ti, pequenina :') e gostei imenso do que escreveste! De te conhecer (?) um pouco mais...
sem dúvida :D
eu também :) obrigada, e sim, conheceste e, embora pareça impossível, menos do que juntando todos os pots deste blog. falar de nós diretamente é realmente mais difícil, mas não impossível ;)
quando olho para os primeiros posts do blog (e não só) é exatamente isso que vejo ... como tu: "milhares de palavras desatualizadas e que foram outrora tão verdadeiras."
"Chamo-me Sofia, mas quem me ama não o pronuncia." - começaste da melhor forma ahahhahahha, até rimaste sofia (ups :D :D )
olha, sobre este post, tenho a dizer que fiquei a conhecer novas coisas sobre ti, coisas que nem sequer imaginava, coisas estranhas ahahah. outras já sabia (a)
admito que foi engraçado ler isto e ver-te tentar fazer o que "dizem que é impossível :)!
mas é isso mesmo. isto é um diário tão doloroso de ser lido. sente-se a mágoa, sente-se a felicidade e, principalmente, porque é principalmente disso que este blog é feito, uma enorme NOSTALGIA. é por isso que ela é escuro e acolhedor, que não é feito para ser bonito mas para ser o meu lugar, é por isso que ele é tão meu. carrega consigo uma enorme nostalgia, uma enorme saudade de algo ou de alguém.
e sim, é verdade. :)
deu-me XD ahaha
sim, sente-se tudo isto nas palavras (nas tuas palavras) que escreves!
é o teu cantinho, sem dúvida ...
:s ....... :)
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