Season 1, Episode 2, Part 1

- Ai, Joanne, adoro mesmo o carnaval!

- E a Mariah, não diz nada?
- Mariah!

- Quem é que fez esta decoração foleira?

- Fui eu, Mr. Cullen. – Louise apareceu de repente. – Desgosta?
Os outros tentaram não se rir.
- Só acho que está muito colorido.
- Não, está alegre, como deveria ser o nosso temperamento dentro do SCI. E por essa mesma razão vos venho convidar… informar  de que vamos a uma festa.
- Vamos?
- Vamos todos a um baile de máscaras hoje à noite, num bar que eu conheço. Precisamos de alegria!
Eles entreolharam-se.
- É de carácter obrigatório. – informou ela, desaparecendo de seguida.
- A sério, um baile de máscaras?
- Ela está a brincar, não está?
- Temo que esteja a falar a sério.
- Então comecemos a pensar em que é que nos vamos mascarar.
- Mikes!
- Olha eu vou de polícia.
- Que original.
- Deixa-me adivinhar… dançarina do ventre!
- Era giro, não era? – Sarah pregou-lhe um estalo. – Não me parece!
- De que é que a Louise iria?
- Princesa!
- Eu ouvi essa, Mr Lee!

Daniel apareceu escorregando pelo corrimão.
- Lá se foi o Carnaval.
- E o baile de máscaras!
- Mr. Mikes!
- Ah, a Louise hoje está de todo!
- Las Vegas, festa de carnaval num escritório de advogados, um morto. Mariah Roberts, subdiretora do escritório. Apareceu morta numa cadeira durante uma pequena festa de carnaval organizada lá dentro.
- Num minuto estava sentada a beber um sumo e a comer umas bolachas, no outro minuto estava morta.
- Os agentes forenses que foram ao local não encontraram rigorosamente nada: uma impressão digital, uma pegada, algo de que o assassino se tenha esquecido. Nada.
Ouviu-se alguém a tentar abrir a porta sem sucesso.
- Mikes, vai ali abrir.
- Oh, obrigada Mr. Mikes. – era Louise. – Vinha informar-vos de que vamos fazer uma troca de pares.
- Para quê?
- Para festejar o carnaval. Para variar.
- Ainda agora se formaram estes.
- Sim, mas eu quero fazer pares novos para festejar o carnaval, Miss Korn. Alguma obstrução?
- Nenhuma.
- Então: Mikes e Adam, vão até ao local e quando descobrirem alguma coisa, contactam-nos.
- Até já.
Os dois saíram a correr.
- Então, já arranjaram fatos para o baile de máscaras? Eu cá já tenho uma surpresa para todos… e não sou a única. – Louise piscou o olho a Sophie.
- Que se passa, Miss Korn? – perguntou Louise, vendo que Sarah estava sentada numa cadeira olhando fixamente para o monitor.
- Nada.
Sarah continuou a olhar fixamente para o motor.

- Eh, Adam, não dá para conduzir mais devagar?
- Vamos bem.
- Só se for para o carro de trás.
- Estamos no limite da velocidade.
- Essa parte já percebi.
- Fixe, então.
Mikes agarrava-se a onde podia.
Pararam o carro à porta do edifício.
- FBI?
- Parece que chegaram antes de nós.
- Vamos, rápido.
E o elevador parecia não estar do lado deles.
- Carrega no botão.
- Já carreguei.
Calaram-se e ficaram a olhar, literalmente, para o teto.
- Vamos pelas escadas.
- Subir quinze andares pelas escadas?
Mikes revirou os olhos, olhando para cima e para o que o esperava, enquanto que Adam já ia no terceiro andar.
E, passado, um tempo, chegaram.
- Adam Cullen, SCI.
- Thomas Mikes, NYPD.
- NYPD? Tudo o que menos queremos aqui neste momento são polícias… - comentou um senhor baixo, com umas longas barbas brancas, aproximando-se vagarosamente.
- Ele está comigo.
- E o senhor, quem é?
- Service of Criminal Investigation, Agente Especial Sénior.
- Isto está concorrido… primeiro, temos de aguentar com os insuportáveis da LAPD, depois agentes forenses, FBI, agora polícia de Nova Iorque e ainda agentes federais do SCI? Paz no emprego!
- Diga-me o seu nome, por favor.
- Richard House, diretor disto.
- Pode-me descrever a vítima?
- Oh, valha-me Deus! Venham comigo, por-favor.
Entraram numa sala pequena, que provavelmente seria o seu escritório.
- Sentem-se. Quem morreu foi Mariah Roberts, subdiretora. Sabem, aqui há muita competitividade, provavelmente alguém a matou para ocupar o seu cargo.
- Sabia se ela tinha… “inimigos”?
- É capaz. Não sei. Se os tivesse eram ligados ao seu cargo, enfim, era subdiretora. É quase garantido que a mataram para ocupar o seu cargo. Tanta gente aqui que a olhava de lado.
- Já investigaram o edifício?
- Já, mas não encontraram nada. Já revistaram o mail dela, mas nada. O assassino não deixou uma única prova.
- Houve algum evento mais recente que possa ter dado origem a alguma espécie de vingança?
- Não… quer dizer, despedi um fulano à pouco tempo, mas nada de mais.
- Qual era o nome?
- Carl Zimmer.
- Porque é que o despediu?
- O que é que isso interessa para o caso? Vocês são agentes ou detetives privados?
- Responda às nossas perguntas.
- Oh, despedi-o porque o apanhei com uma mulher em horário de trabalho.
- Nomes.
- Ela chama-se Eva Olsen.
- E não a despediu a ela?
- É estagiária. Nem vale a pena.
- Imagino…
Mikes sorriu discretamente, com uma cara extremamente irónica.
- Bem, vamos andando. Vamos andando. Andando… Mikes, vamos andando!
Ele levantou-se de repente.
- Boa tarde, Mr. House.
- Boa tarde, e boa investigação.
- Obrig…
- Não respondas. – ordenou Adam. – Não convém criar confiança e além disso, ou o coitado é mesmo ingénuo, ou está a esconder alguma coisa… desejar-nos uma boa investigação não é muito normal.
- Só quer que normalidade regresse ao seu escritório.
- Ou não…
Os dois entraram no carro e regressaram ao SCI.

- Então? – perguntou Louise, que tentava arranjar um comando de televisão.

Sarah olhava para ela com uma cara estranha, Peter estava de boca aberta, e Sophie descia os degraus lentamente, com os olhos semicerrados olhando para Louise.  
- É preciso ajuda?
- Eu estava a tentar ligar a televisão.
- Que já tem vinte anos.
- Vinte e dois.
- Wow…
- E de repente foi-se abaixo e começou a deitar fumo. Tentei liga-la carregando naquele botãozinho vermelho ali… vêm?
- Sim…
- Mas não dá porque o botão não funciona, só através do comando. E agora o comando também não funciona.
- É normal…
- Nem por isso, eu tenho o triplo da idade dela.
- É uma televisão!
- Uma televisão que têm o privilégio de estar colocada em cima de uma mesinha na sala principal de umm serviço de investigação criminal e, como tal, tem de funcionar, ou então vai já para a lata.Com muita pena minha.
- Compra-se outra.
- Tem de caber nesta mesinha.
- Compra-se outra.
- Mas depois não fica bem com este móvel.
- Compra-se outro.
Louise olhou-nos ironicamente.
- E então, o caso? Venham aqui, por favor.
Chamou-os para a sala de interrogatórios, cuja porta fechou à chave.
- Que estranho… - comentou Sarah.
- Nem sabia que aquela porta dava para fechar à chave.
- Acho que nunca foi fechada.
- A chave até deve estar perra.
- COMPRA-SE OUTRA! – ouviu-se a voz de Louise vinda de dentro da sala.

CONTINUE...