
Envolta num escudo tão ridículo e no fundo, uma pequena, com os braços em torno do seu pescoço, e o corpo ligeiramente inclinado, sobre a ponta dos pés. Quem ela fora arranjara um lugar na sua memória. Sempre que ela abraça um adulto, parece estar a abraçar um pai. Se calhar é porque ela se vê tão aflita para segurar entre os dedos as pessoas que fazem parte da sua vida, se assim se pode dizer.
O abraço não foi nada de novo; já o houvera feito antes, já sabia que o iria fazer, e a emoção contida nela era já algo conhecido. O tempo em que o entre elas fora uma brincadeira havia passado.
Há sempre uma parte inevitável nisso. As pessoas podem de facto esforçar-se, afastar as suas relações da seriedade ou do compromisso ou do que for. Mas resulta?
Largou o seu pescoço e saiu apressadamente.
2 comentários:
I guess not....
e já agora, gosto da música! :)
Talvez...
Obrigada! :)
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