terça-feira, 10 de setembro de 2013



nos meus braços preso, como a peça frágil do vidro rasurado. nos meus braços como uma pequena memória ou um reino inteiro, um condado, enrolado a mim por mim e depois em glória. estavas em mim e eu estava em ti, a velha camisa de cetim contra o teu grosso casaco de lã espessa, num movimento que se apressa, contra o teu olhar molhado. agarrado a mim pela simples cortesia do acaso, porque só assim podia ser, agarrados ao tempo que não podia ter passado tão depressa.

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