
Não são as grandes coisas. A Grande Guerra, ou o nazismo, ou o ataque às Torres Gémeas. Esses não me surpreendem nem me chateiam nem me inquietam. Essas não me irritam. São as pequenas coisas, que me fazem odiar-vos. É a forma como se riem nas costas de alguém, a rapariga que violam numa esquina, o tempo inútil que perdem a criar uma bomba nuclear em vez de pensarem no que interessa. São as vossas estúpidas e fofinhas campanhas solidárias para ajudar os coitadinhos como se fossem muito solidários, a vossa etiqueta e o vosso glamour e o vosso sotaque que me enerva profundamente. É a vossa pressa de fazer as crianças crescer, o vício de cortar árvores, o petróleo, o carvão e merdas desse tipo. É o vosso profundo desrespeito pela arte, a sede de governar o espaço ridículo a que se confinaram, os tacões altos que incitam adolescentes a usar. São os complexos que eu tenho e me dizem para não ter como se eles não fossem meus, e é o vosso estereótipo, os vossos médicos conceituados, as pessoas que deitam ao lixo. Como tentar falar para vós sem ser rude? É que, na verdade, quase tudo me vós me irrita profundamente. Quase tudo em vós me provoca um formigueiro nas veias e me arrepia só de pensar. Enfim, vocês enervam-me.
1 comentário:
não diria melhor ...........
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