Mas não estás aqui para enterrar os teus olhos de fantasia na minha face
Nem para cravar as tuas unhas nos fios dos meus braços.
Sei que é difícil para ti aceitar tão doce crueldade em falsa cortesia
Sei que é difícil para ti atravessar como um fantasma de cristal
As paredes comprimidas de medo sepultadas da cidadela,
Mas é também desgastante para mim adormecer perdida no gelo
Que é dor da tua ausência e acordar na tua escuridão.
Oh, foi há tanto tempo que estilhacei o teu sorriso em mil pequenos diamantes
Foi há tanto tempo que deixei que te queimasses em infinitas penas de falcão.
Que sou eu agora, se não serei com certeza mais que uma boneca esmagada pelas tuas mãos,
Ultrajada pelo teu corpo frágil e pelas tuas mãos cadavéricas,
No que procuramos serem lágrimas que não passam de água gélida?
Mas sabemos nós, doce fragmento de um pássaro ferido,
Que somos mais que ódio e unhas negras de sangue arrastadas pelo chão.
Então eu fico a olhar para a lua e a tecer a tua fronte na sua sombra,
Fico a chorar as lágrimas agridoces onde tu vociferas que me desprezas
Fico a imaginar como será o teu sorriso,
Porque eu tenho a certeza, oh, tenho mesmo a certeza
Que é o mais belo sorriso de todo o reino.
Porque eu sonho todas as noites com o dia em que serás feliz
E sofro a cada segundo por saber que te crio miserável,
Mais ainda miserável a cada palavra que tento dizer.
Do livro.
8 comentários:
Do teu?
sim :o
Tu és naturalmente maravilhosa... E, já agora, adorei o teu comentário à citação do Buda!! :)))
obrigada..... :) mas isto não está no livro, é um poema acerca do livro :o
ah, obrigada :D
ok, fico esclarecida! :D
sente-se aqui uma mistura de dor, saudade e amor :)
é entre a Ravenna e quem ? :o ... já não me lembro:s ... está realmente bonito ... esse teu enorme jeito para a escrita, para moldar as palavras ... :D
é isso... :)
entre a Ravenna e a Rainha. obrigada!!
;)
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