sexta-feira, 11 de maio de 2012

Poema do Desespero


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Quando te fechas em ti mesmo agarrando os joelhos débeis com força,
Ou elevas as mãos à fronte liquefeita, ou aos olhos vidrados,
Enquanto o mundo cai à tua volta, e as paredes são infinitas barreiras,
A frustração que carregas é apenas mais um jeito de existir.

É quando nada veicula, quando a mágoa é tão descomunal que nada mais magoa,
Quando os teus braços são as tuas armas e os clamores deles são ruídos melífluos
É aí mesmo, nessa devastação, que reside o sigilo, a tua verdadeira essência
Disperso, desamparado, desprotegido,
Imerso, intratado, perseguido por ti mesmo,

Perdes-te nos labirintos da loucura e do anómalo
Entregas às estrelas vociferadas a tua sede de viver,
Enganas-te no meio da abstração,
E procuras mais um vez, apenas mais uma vez,
Por um alibi, um força, um incentivo, razão
E o que encontras é o teu própria medo, a esperança que abandonaste outrora,
Personificado em extensos preços de oiro,
Desviados do seu mesmo caminho equitativo.
E procuras por ti mesmo, procuras estar contigo,
Que é algo que perdeste quando emergiste nesse novo mundo tão sarcasticamente convidativo.

7 comentários:

- inkheart disse...

está fantástico sofia :D
gostei muito desta frase (mas 'num' sei porquê): "A frustração que carregas é apenas mais um jeito de existir."

common courtesy disse...

não sabes? eu sei ;)
e obrigada !

- inkheart disse...

ai sabes? xD
é a verdade, está mesmo fantástico !!!

Joan disse...

"Get lost and find yourself"

Joan

common courtesy disse...

sei .... ;)
obrigada :D

common courtesy disse...

to lost it again :) simple as that and it's always well :s

- inkheart disse...

tens de me dizer então ;)