Season 1, Episode 2, Part 3

- Para a próxima conduzo eu, Sarah!
- Não comeces!
E, para esconderem a sua verdadeira identidade, disfarçaram-se. Peter seria um advogado e Sarah a assistente.
- A minha parte preferida de ser agente federal é que posso fazer teatro. Segura na Tablet, faz o que Louise te for dizendo.
Entraram.
- Boa tarde. Edward Jones, advogado. Gostava de falar com o Dr. Andrew Granger.
- Neste momento ele está ausente.
- Pode dizer-me onde ele se encontra?
- Não temos essa informação.
- Não pode fazer um esforço?
 - Dr., como deve calcular nós não temos acesso a todos os passos que os nossos advogados dão.
- Pode dar-me o contacto dele?
- Com certeza.
- Kate, anota.
Sarah pegou na Tablet e anotou o número.
- Liga-lhe.
- Não atende.
- Tenta outra vez.
- Não atende, Mr. Jones.
Mikes entrou pelo escritório.
- Oh, olha quem é ele! Saudades, Jones? E olhem só, trouxe a mascote!
- Interessante, Mr. Brown, não esperava encontra-lo aqui.
Sarah ia tentando contactar Andrew.
- Coincidência! – Mikes parou para a observar. – Parece-me que a assistente não está a conseguir

realizar a tarefa que me lhe foi incumbida… - Sarah olhou-o pelo canto do olho.

- Não questione a eficiência de Mrs. Shynee.
- Lembra-se do caso de Novembro? O primeiro em que fez alguma coisa em condições, depois de me abandonar para passar a trabalhar para si!
Sarah levantou os olhos.
- E continua sempre a mesma! Nos tribunais sempre com aquela cara derrotista! Aqui assim!
A secretária olhava-os assustada.
- Os senhores podem fazer o favor de se retirar e discutir lá fora.
- Vais pagá-las, Shy!
- Parece perfeitamente desnecessário o problema que estás a criar, Brown.
- Só agora vos encontro... Shynne fez questão de desaparecer!
Sarah recebeu uma mensagem na Tablet. Mrs Korn e Mr Lee, deixem Mr Mikes fazer o seu trabalho. Retirem-se do edifício e selem as entradas.
- Mr Brown, recebi agora uma notificação.
- Ah, sim…
- Quer que telefone ao cliente?
- Ah… mais um cliente, é isso, Jones! Vais levar a mascote outra vez?
- Com todo o respeito, Brown, mas eu tenho de ir. Boa tarde!
Os dois saíram do edifício.
- Sarah, vai para as traseiras.
Ela atendeu o telefone enquanto caminhava apressadamente.
- A secretária é cúmplice do Granger. – era Louise. – Ela identificou-vos, mas não identificou o Mikes porque ele é apenas um polícia. Deixem-no fazer o seu trabalho e esperem nas entradas.
- Entendido, Louise.
- Ah… Sarah, o Mikes causou uma grande discussão com Mr. Lee por causa do seu despedimento…certo?
Sarah sorriu.
- Não, acusou-me de incompetência.


Mikes cruzou-se com Granger no elevador.
- Andrew Granger?
- O próprio.
- A secretária mandou-me subir. Tínhamos uma reunião marcada.
- Não me lembro de ver a sua cara.
- Pois, é provável que não…
O elevador parou.
- … Porque eu não sou advogado…
Abriu-se a porta.
- … sou polícia. – disse ele, lançando-se sobre Granger e atando-lhe as mãos atrás das costas.
- Sarah, Peter, já o tenho.

Entraram na sala de interrogatórios.
- Sarah… - Louise tentou impedi-la.
- Não, eu vou.
- Então diga-nos, Andrew, o que tinha contra Carl Zimmer?
- Era um judeu irritante. Parava o trabalho para rezar e isso dava-me cabo da cabeça.
- Ouça, as pessoas têm o direito de ter a religião que querem… e as leis do judaísmo são muito restritas…
- Isso não me importa. O homem era irritante.
- Aconteceu alguma coisa de relevante nos últimos tempos?
- Têm morrido pessoas lá no escritório.
- Isso já sabemos. E consigo? Tem tido muitos casos em mãos?
- Não, recusei um há pouco tempo. Sou um homem justo. Não defenderia um marginal culpado.
- Como assim?
- Há uns tempos um homem veio ter comigo a implorar-me que defendesse o seu filho em tribunal. Disse que já tentara imensos advogados, mas que não tinha dinheiro para pagar a nenhum.

Recusei.

- O que fizera o filho desse homem?
- Violara uma mulher e matara as suas duas filhas.
- E depois?
- E depois ele acusou-me de não o ter defendido apenas por ser judeu, informação que me deu enquanto me implorava, e foi-se embora.
Sarah trocou um olhar intrigado com Mikes.
- NOMES. – disseram em coro.
- Javier e Juan García, espanhóis imigrantes.
- Fale-nos mais sobre eles.

Terminado o interrogatório, Mikes não fugiu à pergunta inevitável. Quando estava sentado na sua secretária, concentrado em algo que Sarah não sabia o que era, ela aproximou-se e sentou-se no canto da secretária.
- Porque é que não fizeste o que a Louise mandou?
E ele foi sincero.
- Hum… sabes que tem muito mais piada humilhar-te em público… Rrrrrrrrrrr…
Levantou-se e afastou-se, enquanto ela o olhava contendo um sorriso.
- Muito bem. Mikes, Adam, tratem do paizinho. Sarah, Peter, do filhinho perigoso. E, vocês…tenham cuidado, por favor.

Naquele momento, Juan estava num bar.
- Neste tipo de missões, em que vimos a estes bares…
Mikes sorriu.
-… a Sarah faz falta.
- Para que será…
- Não disperses. Queria dizer que ela se disfarça muito bem.
- Hum, hum…
- MIKES!
Juan estava numa mesa ao fundo, tomando uma cerveja enquanto conversava com alguém.
- Como é que foste capaz?
- Já te expliquei que não é nada do que estás a pensar!
- Tu… tu enganaste-me! Disseste que me ajudavas a conquistá-la e agora trais-me com ela? Que tipo de irmão és tu? 
Mikes apontou a arma a Adam.
- Tem calma…
- Vês? Agora tens medo. Toda a gente tem medo! Só o dono do bar é não!– gritou Mikes. Em cheio, o acompanhante de Juan era mesmo dono do bar.
Ele levantou-se e agarrou o braço de Mikes, tirando-lhe a pistola.
- Vamos lá sair daqui, já está a causar demasiado aparato.
- Eu?
- À minha frente!
Adam aproximou-se da mesa de Juan e sentou-se.
- SCI, não diga nada e acompanhe-me.
- Que são vocês? Polícias?
- Ele sim. Eu não.
Juan acompanhou-o silenciosamente.