Olhei para o Céu... vi que era grande...
Olhei para o chão... vi que a qualquer altura podia tremer...
Olhei para as casas... vi que a eram fruto da inteligência do homem...
E por isso tive orgulho em ser humana...
Olhei para a estrada... senti vontade de sorrir...
Olhei para os animais... senti vontade de correr...
E que faria eu mais? Não estava a descobrir o Mundo... estava apenas a ver quanto poder tinha ele sobre mim...
Poderia eu dominá-lo como se diz que sim?
Ou seria talvez ele que me dominaria a mim?
Ouvi tranquilamente a melodia de uma música, fechei os olhos...
Pensei no Mundo, na vida? Afinal, quem era eu? Porquê eu?
Será que um dia tudo acabaria? Se acabasse... quem ficaria para contar? Quem deixaria o meu rasto? Quem se lembraria de mim? Onde ficariam as minhas marcas? Para onde iria a minha alma?
E só assim me apercebi da dádiva de vida que tinha... e senti vontade de sorrir...
E olhei para o Mundo... e quis percorrê-lo... dizer as todas as pessoas de todos os cantos que as amava... ver as pessoas de quem gostava...
Senti vontade de montar a cavalo por todos os lugares que conhecia e queria conhecer...
É tão pouco o tempo...
É tão pouco o tempo para viver...
E senti vontade de morrer...
Olhei para o Mundo...
Pensei nas pessoas que me amavam... no que ainda poderia fazer...
E senti vontade de viver...
E senti vontade de sorrir...
Senti vontade de olhar...
Senti vontade de me rir...
Senti vontade de amar...
E percebi que tudo tinha sentido... ou seja, nada.
O nada era o sentido. Para ser feliz bastava nada ter sentido... um dia ia perceber tudo...
Ia... mas não era já...
Agora, há muito a fazer cá...
Então vamos lá...
O tempo? Não há a perder...
Há um Mundo... um Mundo para ver...
Há uma Terra que gira... e giramos com ela... nesse ciclo, sempre sem parar...
Há muito para ver e observar...
Há tanto para fazer...
Há mesmo muito...
Não há nada...
Nenhum tempo a perder...
E tanto que ficou por fazer...
8 comentários:
Adoro este teu escrito, escreves muito bem Sofia :D
Mereces reconhecimento, eu só há uns meses (com 16 anos) é que comecei a pensar nestas coisas e desta maneira ;)
beijinhos
Não te procupes que há sempre tempo na vida para tudo. Tarde ou cedo, entendemos sempre quando temos de entender. Já agora, aproveito para agradecer à minha professora de português, Cláudia Andrade, por todo o apoio que me deu e por me ter ajudado a descobrir ista "coisa" da escrita, que aliás, coisa é uma palavra que odeia que eu diga, tal como "tipo".
Bjs Daniela, obrigada
E já agoras, BJS para si, prof.
ainda não tinha visto este ... está espetacular !!!! Disseste tanta coisa nestes versos! Deixas a pensar ...
"Senti vontade de montar a cavalo por todos os lugares que conhecia e queria conhecer..." ... já nesta altura pensavas como a regina, vês ahahha
deixo? bom, até nem desgosto do início, mas acaba pessimamente xD de vez em quando dá-me e venho ler textos antigos e criticá-los, como também vejo teatros antigos e também critico. na verdade, a piada das coisas está no caminho que percorremos antes de chegarmos aonde queremos. como eu era tão simples e tão verdadeira nas coisas simples que fazia... agora já carrego o peso de saber como as fazer, já carrego o peso de as levar a sério. :o
pois pensava xD mas eu fui muito subjetiva, é claro, ( COF COF COF ahaha) porque o que eu queria dizer era "montar a cavalo com o Daniel e fugir para conhecer o mundo de contos de fadas que já conhecia e o outro mundo que ainda não conhecia", era isto XD
*e queria conhecer
mas bom, isso já depende do ponto de vista ahahah
depois entretanto conheci uma loira e tal.... XD
pois, foi o que eu pensei, foi o que eu pensei ahahhahahhaha
uma loira Cold? ahahhahha
hum hum ahaha
sim, acho que era essa XD
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